quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Experiencias Laboratoriais





Actividade do Kiwi



terça-feira, 24 de novembro de 2009

Experiências que determinaram a localização da informação genética


No século XIX, a partir de 1868, começou-se a estudar e pesquisar acerca da natureza química da informação hereditária, à qual foram encontradas substâncias constituintes do núcleo, nucleínas, à qual mais tarde, Altmann lhes chamaria de ácidos nucleicos, na qual pouco se sabia acerca das suas funções.
Para descobrirem mais acerca do papel biológico e estrutura molecular dos ácidos nucleicos, foi fundamental a experiencia realizada por Griffith, em 1928, que serviu de base para Avery, Mac Leod e McCarty identificarem o ADN (acido desoxirribonucleico) como sendo o responsável pela transformação e transmissão do material genético, e à qual em 1952, as experiencias de Hershey e Chase, reforçaram a hipótese de que o ADN é o material genético, e não as proteínas.
Em 1928, numa das suas experiências sobre a virulência de bactérias pneumococos, realizada em ratos, Frederick Griffth, descobriu que existia uma molécula capaz de transmitir informação genética, à qual deu o nome de Princípio Transformante. Griffith, através de dois tipos de bactérias Diplococcus Pneumoniae, bactéria tipo S (virulentas em mamíferos e possuem cápsulas) e tipo R (não virulentas e não capsuladas), na qual ele também sabia que ambas formavam colónias, por isso, administrou-as, separadamente, à qual o resultado foi:
Com as bactérias tipo S vivas, o rato morreu;


Com as bactérias tipo R, o rato continuou vivo;

Com as bactérias tipo S mortas pelo calor, o rato continuou vivo;




Com a junção das bactérias tipo R vivas e com as do tipo S mortas, o rato morreu;



Com esta experiencia, foi possível Griffith determinar que existiam moléculas responsáveis por conter a informação genética e que permitiam a passagem dessa informação genética de umas bactérias para as outras, à qual lhes chamou de Principio Transformante. Pois ao fazer a junção das bactérias tipo R vivas e as do tipo S mortas, seria de esperar que o rato não morresse, mas, contudo verificou-se o contrario, e o rato morreu, o que explica a passagem da informação genética das bactérias do tipo S para as do tipo R, de tal forma que estas passaram a ser capaz de formar cápsulas, tornando-se virulentas e transmitindo essa capacidade aos seus descendentes.

Por volta de 1944, Avery, Mac Leod e McCarty, continuaram com as investigações sobre os constituintes do ácido nucleico, para assim poderem saber qual das moléculas do ácido nucleico é que era responsável por conterem a informação genética. Para isso, separaram os diferentes constituintes de bactérias do tipo S mortas pelo calor, como os Glícidos, Lípidos, Proteínas e ADN (acido desoxirribonucleico), à qual em seguida as juntaram separadamente com as bactérias do tipo R vivas.
Assim, podiam saber qual dos constituintes do ácido nucleico transmitia a informação genética das bactérias do tipo S morta para as bactérias do tipo R, para que estas se transformassem em bactérias do tipo S virulentas. Por isso verificaram que:
Quando adicionaram os Glícidos às bactérias do tipo R vivas, estas não sofreram alterações, mantendo-se iguais, não se tornando virulentas. O mesmo aconteceu com os Lípidos. Assim sendo, não podiam ser os Glícidos nem os Lípidos as moléculas responsáveis por conterem a informação genética.

Quando adicionaram as Proteínas às bactérias do tipo R vivas, estas sofreram algumas alterações, mas, contudo não se tornaram virulentas. Assim sendo, não podiam ser as Proteínas as moléculas responsáveis por conter a informação genética.

Quando adicionaram o ADN às bactérias do tipo R vivas, estas sofreram alterações, na qual também se tornaram virulentas e formaram cápsula. Assim sendo, concluíram que a molécula responsável por conter a informação genética seria o ADN, na qual era responsável pela transformação bacteriana e pela sua transmissão às bactérias descendentes.

Em 1952, Hershey e Chase voltaram a efectuar as experiencias de Avery, Mac Leod e McCarty, na qual na realização da experiência Hershey e Chase marcaram radioactivamente as moléculas de ADN (32 P) e as moléculas de Proteínas ( (35 S), à qual através da utilização do raio-X poderiam verificar qual a constituição das novas bactérias do tipo S. Assim sendo, puderam concluir que era o ADN o responsável pela transformação e transmissão da informação genética para as outras bactérias, devido ao facto de as novas bactérias regeneradas (bactérias do tipo S) possuírem o isótopo (32 P), que pertencia à molécula de ADN.
Foi assim como descobriram que era a molécula de ADN, dos ácidos nucleicos, a responsável por passar a informação genética das células progenitoras para as células descendentes.