Afluente da margem direita do rio Douro, passa perto da cidade de Bragança de onde recebe as águas do Rio Fervença, indo desaguar perto da Torre de Moncorvo a jusante da Barragem do Pocinho, na aldeia da Foz do Sabor.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Sabor - fonte
Mais informações:http://www.quercus.pt/scid/webquercus/defaultArticleViewOne.asp?categoryID=611&articleID=1579
Noticia 1
"Construção da barragem do Sabor avança em 2008
por
RUDOLFO REBÊLO30 Agosto 2007
Ministro anuncia construção de novas barragens em Setembro
A construção da barragem do Sabor, num dos afluentes do Douro, avança já no princípio de 2008. E o Governo vai anunciar a construção de novas barragens, já em Setembro. Isto, de acordo com declarações de Manuel Pinho, ministro da Economia, ontem, após a Comissão Europeia ter decidido arquivar o processo de infracção contra Portugal, interposto por ambientalistas.
A construção da barragem, a poucos quilómetros da hidroeléctrica do Pocinho, envolve um investimento de 354 milhões de euros - dos quais 70 milhões de euros provenientes dos cofres de Bruxelas, correspondendo a cerca de 20% do investimento - e "mil empregos" durante a fase de construção, a iniciar-se nos primeiros meses de 2008.
Com um atraso de dez anos, a conclusão da barragem permitirá a produção de 170 megawatts (MW) de energia - potência semelhante às debitadas pelas vizinhas barragens do Pocinho ou da Régua. O dono da obra será a EDP que ficará igualmente com a exploração. A bacia da barragem deverá ficar aquém do 630 milhões de metros cúbicos projectados inicialmente. "Foi uma concessão técnica a Bruxelas" para proteger a fauna ambiental, afirma um responsável da Economia.
"Trata-se de uma vitória para Portugal, para os portugueses e para o Governo," afirmou Manuel Pinho, em conferência de imprensa e o "desbloqueamento de uma situação que se arrastou durante dez anos, marca o início de uma nova era". O ministro reafirmou a prioridade do Executivo pela "produção de energia através da água e do vento" em detrimento da opção do nuclear.
Actualmente o potencial hídrico aproveitado para a produção de energia está em 46%. Até 2017, o Executivo pretende aumentar o potencial para um valor superior a 70%, o que deverá levar Manuel Pinho a anunciar a construção de novas barragens, já no próximo mês. A capacidade eólica, diz o ministro da Economia, representa hoje 33% do objectivo definido para 2012.
Num curto comentário à agência Lusa, António Mexia, presidente da EDP, destaca que Bruxelas reconheceu a "importância estratégica da barragem para o país" com a decisão de arquivar o processo contra Portugal. Por sua vez, Aires Ferreira, presidente da Associação de Municípios do Baixo Sabor e da autarquia de Torre de Moncorvo, desafia os ambientalistas a "serem parceiros na luta pela protecção ambiental" e na gestão dos fundos que serão gerados pelo funcionamento da barragem, aplicando-os na preservação da natureza."
Esta noticia foi retirada do jornal "Diario de Noticias"
http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=664117 - fonte
video sobre as consequencias da construção da Barragem do Sabor
http://www.youtube.com/watch?v=GAfa4bRpZY8
Noticia 2
"Ambientalistas travam obras da barragem do Sabor
09.01.2009 - 16:23 Por Ricardo Garcia
14 de 27 notícias em Sociedade
« anteriorseguinte »A EDP suspendeu as obras da barragem do Baixo Sabor, no Nordeste transmontano, devido a uma acção judicial interposta por um conjunto de organizações não-governamentais (ONG) de ambiente. A suspensão foi decretada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela, que em 29 de Dezembro acatou uma providência cautelar da Plataforma Sabor Livre, que congrega várias ONG, contra a barragem.
O INAG e a EDP já contestaram a decisão (Luís Ramos (arquivo))
Nesta acção, os ambientalistas pedem a suspensão do contrato de concessão entre o Instituto da Água (Inag) e a EDP Produção, alegando que a autorização do Ministério do Ambiente para a obra – a declaração de impacte ambiental – já não é válida.
No princípio de Dezembro, o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa já tinha apreciado outra providência cautelar da Plataforma Sabor Livre. Mas o Governo invocou que a paragem das obras prejudicaria o interesse público e a construção prosseguiu.
Desta vez, porém, as obras foram efectivamente suspensas, logo no dia seguinte após a decisão judicial. Tanto o Inag, quanto a EDP já apresentaram contestação e estão à espera de nova decisão do tribunal.
O presidente do Inag, Orlando Borges, afirma que o projecto da barragem foi aprovado dentro do prazo de validade da declaração de impacte ambiental e que todos os actos administrativos relacionados com a obra são válidos. “Todas as decisões são administrativa e tecnicamente correctas”, disse ao PÚBLICO.
Os ambientalistas contestam a barragem, pelo impacto que terá numa área classificada como “sítio de importância comunitária”, ao abrigo de uma directiva europeia para a protecção de habitats e espécies. A Plataforma Sabor Livre contesta o argumento de que não havia alternativas de localização. “Afinal, logo após a aprovação, o Governo revelou os planos para a construção de dez alternativas”, diz a plataforma, num comunicado, referindo-se ao Plano Nacional de Barragens, que prevê dez novos empreendimentos hidroeléctricos no país, além do Sabor.
Orlando Borges diz que a barragem do Sabor já estava aprovada quando o plano foi feito, e que não faria sentido voltar a avaliá-la. O presidente do Inag afirma, ainda, que o projecto contempla medidas de minimização do seu impacto ambiental, cujo cumprimento está a ser fiscalizado por uma comissão de acompanhamento, onde também estão representadas organizações não-governamentais.
A EDP está confiante de que a paragem das obras não será significativa para o projecto. “Acreditamos que não terá impacto no timing”, disse Rui Cabrita, porta-voz da empresa. "
http://www.publico.pt/Sociedade/ambientalistas-travam-obras-da-barragem-do-sabor_1355549 - fonte
Reflexão:
A análise deste caso “ Construção da barragem do sabor”, permite-nos estudar os impactes negativos nos ecossistemas aquáticos e terrestres da zona.
O enchimento das albufeiras leva à submersão de muitos ecossistemas, bem como, povoações habitadas.
A construção da barragem no Rio sabor vai levar a destruição de muitos animais e plantas, como é o caso de alguns peixes que irão desaparecer, pois com a construção da barragem não vão poder subir o rio para a desova. A cegonha-negra vai ser afectada, como a água tem pouca profundidade ela consegue captar o seu alimento, isto não se verifica depois da construção da barragem. No Vale do Sabor existem espécies como o lobo, o corço, o gato-bravo, a toupeira-de-água e a lontra, que vão ser afectadas.
A ponte de Remontes foi mandada construir no século XVII, contudo vai ser inundada. Outro exemplo, é a ponte da Portela, construída no século XVI, que também vai ser inundada.
Sendo assim, podemos concluir que a construção da barragem tem impactes negativos, quanto a flora, a fauna e ao património histórico e cultural.
Esta barragem surge para abastecer as outras barragens a jusante, fornecendo-lhes água quando o Douro não o fizer naturalmente, tem como função também fazer com que a energia eólica tenha mais produtividade.