quinta-feira, 3 de junho de 2010

Cheias


Enchente ou cheia é, geralmente, uma situação natural de transbordamento de água do seu leito natural, qual seja, córregos, arroios, lagos, rios, mares e oceanos provocadas geralmente por chuvas intensas e contínuas. A ocorrência de enchentes é mais frequente em áreas mais ocupadas, quando os sistemas de drenagem passam a ter menor eficiência.
Existem cheias artificiais provocadas por erros de operações de comportas de vertedouro de barragens ou por erros de projetos de obras hidráulicas como bueiros, pontes , diques , etc.
Como todo fenômeno natural pode-se sempre calcular o período de retorno ou tempo de recorrência de uma enchente.
Quando este transbordamento ocorre em regiões sem ocupação humana, a própria natureza pode se encarregar de absorver os excessos de água gradativamente, gerando poucos danos ao ecossistema, mas podendo gerar grandes danos à agricultura.
Quando o transbordamento dá-se em áreas habitadas de pequena, média ou grande densidade populacional, os danos podem ser pequenos, médios, grandes ou muito grandes, de acordo com o volume de águas que saíram do leito normal e de acordo com a densidade populacional.
A ciência que estuda os fenômenos das enchentes é a Hidrologia que é normalmente ensinada nos cursos de Geografia, Engenharia Hidráulica, Engenharia sanitária , Engenharia Ambiental e outros.
Algumas obras podem ser realizadas para controle das enchentes tais como bueiros, diques , barragens de defesa contra inundações ou mesmo obras de Revitalização de Rios, muito utilizadas na Holanda e na Alemanha.





Noticia 1
Cheias na Polónia provocam 12 mortos
"As inundações na Polónia provocaram pelo menos 12 mortos.
O sul é a região mais afectada. Mais de vinte mil pessoas foram obrigadas a abandonar as habitações. Segundo as autoridades as cheias estão a afectar cerca de 100.000 pessoas.
As águas do rio Vístula subiram, este sábado, cerca de oito metros. Um nível recorde nos últimos 60 anos.
Em alerta está também Brandemburgo na Alemanha. As autoridades vão estar atentas ao evoluir da situação nas próximas horas, sobretudo, junto à fronteira com a Polónia.
O primeiro-ministro polaco fala de drama sem precedentes nos últimos 160 anos e prejuízos na superiores a dois mil milhões de euros.
Donald Tusk já anunciou que vai pedir ajuda à União Europeia.
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Noticia 2
Cheias na Polónia já fizeram 15 mortos

"Explodir os diques de forma controlada é a mais recente tentativa para baixar o nível das águas na Polónia. Pelo menos 15 pessoas morreram, em consequência das cheias.
Centenas de milhares de hectares foram submersos, depois das chuvas torrenciais que provocaram rupturas nos diques de retenção e inundaram a bacia do Óder e do Vístula – o maior rio da Polónia.
As cheias avançam agora para Norte, para o Báltico, onde desembocam os dois rios. A Sul, começam as limpezas e a avaliação dos danos.
Cerca de 200 escolas foram encerradas, esta segunda-feira, na capital. E em todo o país, milhares de pessoas foram resgatadas das casas inundadas. Ainda ontem, quatro mil pessoas e cinco mil animais tiveram de ser resgatados de Swiniary, localidade 100 quilómetros a noroeste de Varsóvia, após a ruptura de um dique.
Os socorros locais têm sido auxiliados por equipas vindas de vários países europeus – da França às repúblicas bálticas, passando pela Alemanha e pela Ucrânia, por exemplo.
Na semana passada, o primeiro-ministro avaliava já em cerca de dois mil e 500 milhões de euros os custos das cheias – as mais graves desde 1884, no Vístula e no Óder.
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Noticia 3
Inundações na Polônia deixam 13 mortos e milhares de pessoas isoladas
Agencia EFE
Varsóvia, 24 mai (EFE).

"Milhares de pessoas continuam hoje isoladas na Polônia, sem luz nem água corrente, por causa das inundações, que já causaram 13 mortos e o desaparecimento sob as águas de vários povoados, além de sofrer com graves danos nas infraestruturas, informou a rádio pública polonesa.
Um homem de 49 anos é a última vítima contabilizada depois que seu corpo foi achado esta madrugada por um grupo de cidadãos que patrulhavam em barcas pelos arredores de suas casas na comarca de Tarnobrzeg, no sudeste da Polônia.
A Polícia, os bombeiros e os voluntários continuam sua luta contra o avanço da água mediante a colocação de sacos de areia para formar diques que, como no caso da localidade de Swiniary (centro do país), não foram capazes de resistir à força do rio, o que provocou inundações na ribeira do Vístula e a evacuação de pelo menos 4.000 moradores da região.
Essa também foi a sorte de outros municípios como o de Wilki, que ficou em sua maioria coberto pelas águas, com casas e campos de cultivos arrasados pelo caudal do Vístula.
O Exército foi mobilizado para reconstruir os diques e com o apoio de helicópteros e centenas de soldados são formadas barreiras contra a água ao longo de toda a Polônia.
Varsóvia, a capital, não é uma exceção ao caos vivido pelo país, e algumas das principais avenidas que cruzam o rio foram fechadas perante o risco de inundação, o que provocou o colapso dos acessos abertos.
As autoridades da cidade decidiram fechar as escolas e creches mais próximas ao rio Vístula perante a situação de risco que, segundo as previsões, se manterá até amanhã.
O primeiro-ministro, Donald Tusk, anunciou ontem que a situação estabilizou-se nas regiões de Malopolska, Silésia, Podkarpacie e Swietokrzyskie+, no sul do país.
Segundo Tusk, as perdas causadas pelas inundações na Polônia, as mais graves nos últimos 160 anos, poderiam superar os 2,5 bilhões de euros.
Em um pronunciamento no Parlamento nacional (Sejm), Tusk adiantou que seu Governo vai pedir ajuda econômica à União Europeia (UE), já que "milhares de quilômetros de diques terão que ser reparados ou reconstruídos" depois das cheias do Vístula. EFE"




Reflexão:
Quando se verifica um aumento do caudal do rio, a água invade o leito de cheia, por outras palavras, galga as margens do rio. Esse aumento do caudal do rio deve-se a fortes chuvas ou ao degelo a montante. As cheias podem ser perigosas, quando se verifica ocupação humana nos leitos de cheia. Pois, “as populações foram-se fixando ao longo das margens dos rios, onde cresceram grandes aglomerados”. “Viver junto de um rio pode acarretar alguns riscos. Ocorrem, por vezes, cheias causadores de inundações que podem provocar não só mortes como destruição de estruturas e bens”. Para evitar isto, tem que haver um bom ordenamento do território, para não se verificarem este tipo de situações.
No caso da Polónia, a ruptura dos diques deveu-se a forte pluviosidade, causando grandes inundações, fazendo, assim, “13 mortos” e deixando “ milhares de pessoas isoladas”.